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No ano de 2021 em função da pandemia de Covid-19 no ensino on line o 2º ano do Ensino Médio Regular fez uma pesquisa sobre os “Povos Indígenas: Ontem X Hoje”: https://hemetec.wordpress.com/2022/11/06/povos-nativos-da-america-otem-x-hoje-2%e2%81%b0-ano-ensino-medio-regular-2021/, e no dia 19/04/2021 houve no programa Roda Viva uma entrevista do líder indigenista Ailton Krenak, a turma foi orientada a assistir a entrevista e comparar com a pesquisa desenvolvida por seu grupo. Vamos publicar algumas redações.

Redação História

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa641357/ailton-krenak

   Na pesquisa sobre os povos nativos, ontem e hoje, foi citado que a partir do primeiro contato entre os povos nativos e os colonizadores portugueses ocorrem atos violentos contra os nativos. Suas terras foram tomadas a força, boa parte da sua população dizimada e os que sobreviveram explorados, tudo isso resultou em um povo negligenciado que está lutando para recuperar seus direitos.

   Um grande representante dessa luta é Ailton Krenak que com coragem e inteligência critica o capitalismo e o governo.

   Durante entrevista à Rede Vida, Ailton Krenak expõem a importância e principalmente a necessidade dessa luta.

   A entrevista de Ailton e a pesquisa sobre os povos nativos apresentam uma semelhança, a questão da violência que iniciou na época das colonizações e perduram até hoje. Para exemplificar essa violência podemos citar a exploração da madeira e a mineração, uma das maiores ameaças a esses povos, responsáveis por invadir suas terras ou até mesmo resultar na morte de alguns indígenas.

   É por essa e outras razões que vozes como a de Ailton são extremamente importantes para os povos nativos e um exemplo para os demais que ainda precisa lutar por direitos.

   Todas essas lutas e as conquistas que elas geram são passos que nos aproximam cada vez mais de uma sociedade mais justa o que evidencia que essa luta deve ser levada a sério, deve receber mais atenção e deve ser apoiada.

Gabriel Guilherme Messias     2º EM Regular, em 2021.

AILTON KRENAK

Ailton Krenak (Minas Gerais, 29 de setembro de 1953), é um líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro. É considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, possuindo reconhecimento internacional.

https://catracalivre.com.br/cidadania/jornalista-e-vitima-de-ataques-apos-denuncia-sobre-bolsonaro/

Na entrevista feita pelo programa Roda Viva no dia 19/04/21, a jornalista Vera Magalhães recebe o ambientalista e escritor Ailton Krenak, na qual debatem sobre diversos assuntos diferentes mas com um mesmo objetivo, que é mostrar a exclusão dos indígenas na nossa sociedade. Além de tudo, a entrevista também abordou o assunto sobre a interação dos Indígenas com a Vale do Rio Doce – Vale é uma mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística do país. Ailton diz, de maneira indiretamente, que discorda com tal ações da Vale, Ailton acredita que nós seres humanos devemos “deixar adormecido os minérios e adormecem na terra”, pelo risco de trazer novas doenças para o mundo afora, citando até mesmo o Covid-19.

Ailton é indagado pelo Leão Serva, sobre ‘o fim da natureza’, na qual Serva da o exemplo que em Boa Vista – Capital de Roraima – está com escassez de peixes, e os peixes que estão lá estão contaminados de mercúrio , por consequência do garimpo, então serva pergunta ao Ailton se ele acha que os ‘Brancos’ não tem medo do fim do mundo, Ailton argumenta falando que as pessoas geralmente não costumam pensar sobre o futuro, e sim sobre coisas que vão acontecer recentemente, visando sempre o lucro para si próprio.

Ailton nessa entrevista, aborda sobre o assunto do homem sempre tentar buscar o novo e deixar de lado o que é mais importante, dando exemplo do Brasil lançar um satélite enquanto estamos no meio de uma pandemia, ele fala que os homens destroem o próprio mundo e logo em seguida procura por outro mundo para acabar novamente.

Podemos ver na entrevista, algumas ideias de Ailton Krenak, e também sobre como a opnião dele sobre como os indígenas são vistos no Brasil e no mundo, além de sua concepção sobre o Homem ir a Marte. Vemos também que Ailton concorda com a Globalização, mas a partir do momento que a Globalização começa a intervir a natureza, isso começa a ser algo preocupante, algo que devemos repensar se vale a pena ou não.

Gabriel dos Santos Soares 2º ano EM Regular, em 2021.

https://cultura.uol.com.br/programas/rodaviva/

Redação sobre a entrevista com Ailton Krenak

A entrevista com Ailton Krenak, realizada no dia dezenove de abril de dois mil e vinte e um, pelo canal da TV Cultura em seu programa Roda Viva traz uma bancada composta por diversos especialistas e profissionais renomados de diversas áreas para dialogar com o entrevistado Ailton Krenak, esse que além de ser uma  figura política reconhecida e um grande líder de movimentos indígenas por todo país também se trata de um escritor, poeta, jornalista e filosofo, sendo que Ailton demonstra todo o seu conhecimento e sua sabedoria transcendental a medida que responde às perguntas.

O relato de Krenak é de fato revelador, esclarecedor, inspirador e provocante tudo ao mesmo tempo, pois o entrevistado expõe suas ideias opiniões que adquiriu através de uma vivencia rica e engajada coma proteção e a luta pelos direitos, tais ideias e opiniões são extremamente bem embasadas e somadas com a pesquisa e as apresentações dos trabalhos de meus colegas em sala de aula me levaram a uma grande reflexão que me levou a conclusões um tanto quanto pessimistas.

Nós atualmente estamos vivendo inevitavelmente sobre a iminência da morte, em noticias na televisão, em relatos de nossos amigos e até mesmo em núcleos familiares, esse convívio constante com a morte devido a ações de descaso e imprudência de governantes e da população em relação ao tratamento de uma pandemia abalou os alicerces físicos e mentais de muitas pessoas, porem o relato de Krenak me fez perceber que tal situação de insegurança, descaso e ignorância estão presentes a mais de quinhentos anos à parte da nossa população, por mais de quinhentos anos a população indígena sofre com a iminência da morte. Tal fato é exacerbado nos primeiros anos da colonização portuguesa na então terra de pindorama, a relação de então “harmonia” com os povos indígenas rapidamente se tornou em perseguições, expurgo, guerras e milhares de mortes, e nos anos que se seguiram a situação dos conflitos se amenizou, mas os povos indígenas ainda eram descriminados, excluídos e menosprezados.

E ao analisarmos hoje em dia podemos ver que pouca coisa mudou, os indígenas são constantemente censurados, tem suas opiniões e cultura ridicularizadas, e Krenak enfatiza isso com suas analises sobre as atitudes das empresas mineradoras e do governo, que priorizam infinitamente o lucro e o “fortalecimento da economia” sobre o bem estar de comunidades nativas e do meio ambiente que as cerca. Essa visão do governo e dessas empresas apesar de ser estupidamente errada e preconceituosa ela ainda é apoiada por muitos cidadãos e cidadãs desse nosso país, que resumem o povo indígena a estereótipos de preguiçosos e primitivos, que não contribuem em nada para o país e que não merecem todos os benefícios que possuem.

Tais afirmações são consequência de informações erradas e enganosas que foram constantemente propagadas de geração em geração, sendo que a única forma de criarmos um futuro para o Brasil onde todos os povos que aqui habitam sejam reconhecidos por sua cultura, e possuam o seu devido espaço é pararmos de propagar essas informações e começarmos a buscar conhecimento com aqueles que realmente entendem do assunto, como Krenak, essa entrevista e os trabalhos que apresentamos em sala me ajudaram a perceber a diversidade da cultura indígena, as diferentes tradições, as diferentes línguas, e como foi difícil manter esses costumes vivos depois de anos de perseguição, então a mensagem final que a entrevista e que a pesquisa passaram para mim é que nós devemos continuar atrás de conhecimento, que devemos manter a mente aberta para a compreensão de novas realidades, e que devemos construir um futuro melhor com base no respeito pelo passado e pelo presente dos povos desse país, pois afinal: O presente é ancestral. 

Guilherme Ferreira Candido – 2º ano EM Regular, em 2021

https://arvoreagua.org/povos-tradicionais/indigenas/povos-indigenas-do-brasil

Povos Nativos no Mundo de Hoje

A entrevista traz temas que deveriam ser mais reconhecidos pelas pessoas, um deles é o direito dos povos nativos do nosso país.

Havia sido feito a tempos atrás mudanças na constituição para que os direitos de terra dos nativos fossem revogados, mas isso não trouxe muitas diferenças, já que mesmo assim muitas tribos ainda estão sendo devastadas, principalmente nesse período de pandemia, onde muitos garimpeiros ilegais invadem essas terras, transmitindo o vírus para essas populações, destruindo suas casas e aldeias.

E isso cada vez está mais agravante em nosso país, e não havendo muitas previsões de soluções para esse problema.

Muitos desses acontecimentos não são divulgados amplamente para as pessoas, ocasionando em falta de conhecimento sobre o assunto.

As propostas feitas por políticos não incluem os nativos, por não considerarem eles membros da diversidade da população do país. Algo que não para entender já que todos nós sabemos que nossa população é completamente diversificada, por tanto não deveria haver tanta desvalorização desses povos.

Os povos nativos, sofrem com essa desvalorização desde a chegada dos portugueses no Brasil, onde muitas tribos foram massacradas, como o povo Caeté que foi assunto de pesquisa de meu trabalho, que hoje em dia só conseguimos encontrar descendentes vivendo no ambiente urbano.

Desde sempre as pessoas não conseguem ser tolerantes com culturas diferentes da própria, por isso os portugueses quiseram mudar completamente a cultura dos nativos, trazendo o cristianismo para eles.

Muitas propostas de alianças foram feitas entre os europeus e os nativos, como a aliança entre os Caetés e franceses, que trouxeram mais benefícios para os franceses do que para a tribo.

Muitas pessoas não prestam atenção na situação grave que está nosso país hoje em dia em relação ao ambiente muitas vezes causadas pela mineração, como exemplo a empresa Del Vale que ‘’assassinou’’ o Rio Doce com resíduos tóxicos e o tornou inutilizável para consumo humano. Mas isso infelizmente não é algo novo, já que muitos rios morreram por conta da mesma situação.

Como foi dito na entrevista as pessoas não vêm o futuro, então muitas não conseguem imaginar a situação do mundo daqui a 10, 20 ou 30 anos, por isso muitos se tornam cegos para o quanto a situação está grave.

Deve ser aplicado leis mais rígidas para mudar essa situação, escolas devem abordar mais a cultura dos povos nativos e esses assuntos devem ser mais reconhecidos pelos cidadãos do estado, porque se não no futuro vamos acabar com o que ainda nos resta de natureza.

Ana Beatriz Santos da Silva Lopes, 2º ano EM Regular, em 2021.

https://racismoambiental.net.br/2018/09/20/nacoes-unidas-alertam-para-violencia-contra-povos-indigenas-mundialmente/

Texto comparativo da entrevista do Ailton Krenak no programa Roda Viva na TV Cultura em 19.04.21 com a pesquisa desenvolvida para a apresentação do tema – “Povos Nativos: Ontem X Hoje”.

Ailton Krenak é sem dúvidas um privilégio para o Brasil. A sabedoria, a coragem e a inteligência desse líder indígena tão forte, são coisas raríssimas. Com sua forte crítica ao capitalismo e de certa forma também ao governo, Ailton é uma forma de voz muito importante para todos os povos ameríndios, já que estes, mesmo no ano de 2021, continuam sendo povos tão violados e que
não possuem direitos básicos.


A principal relação existente entre a pesquisa realizada sobre os povos nativos e a entrevista de Ailton, está nas questões da violência, da falta de apoio, e na falta de direitos básicos desses povos, questões estas que se iniciaram na época da colonização e ainda continuam nos dias de hoje.


A entrevistadora Renata Machado Tupinambá, pertencente ao grupo dos nativos, em suas perguntas cita a questão da violência com povos ameríndios que persistem atualmente em muitos territórios indígenas, mesmo com o cenário de pandemia em que vivemos, e pontua também o fato da dificuldade da conquista de direitos para esses povos, direitos até mesmo básicos, que
não recebem a atenção e a importância que merecem.


O professor José Miguel Wisnik, traz como um de seus pontos para a realização de perguntas a mineração, que é uma das maiores ameaças para os povos nativos que sofrem também com as invasões de suas terras e com a exploração da madeira. José cita inclusive a empresa Vale, que é responsável por desastres por causa de sua atividade, como, por exemplo, os ocorridos em Mariana e Brumadinho.


Nas pesquisas realizadas, foram citados os atos violentos que ocorreram na época da colonização, quando os primeiros contatos entre povos nativos e europeus ocorreram. A partir desses primeiros contatos, os povos indígenas perderam seus territórios, parte de suas populações, e todos os direitos que possuíam, além de toda a exploração pela qual passaram e ainda passam e assim se tornaram povos escravizados e negligenciados.


Como consequência dessas explorações, temos hoje uma sociedade indígena composta por uma população volumosa e variada de povos nativos, que precisam lutar bravamente para reconquistarem aquilo que já era deles e foi tomado à força.


Vozes como a de Ailton são de demasiada necessidade para os povos nativos. Cada mínima conquista que esses povos conseguiram se devem à líderes como Ailton, que lutam bravamente pelos direitos de seus povos.


A luta dos povos indígenas é algo que deve receber uma atenção muito maior, esses povos estavam aqui antes da colonização, portanto merecem que todos os seus direitos sejam cedidos, assim como merecem o respeito e a importância que tanto falta para eles.

Ana Luiza Bergantin 2º ano EM Regular, em 2021.

https://ensinarhistoria.com.br/linha-do-tempo/criacao-da-funai/

Desde que os portugueses chegaram à América, em 1500, os povos originários, ameríndios, também conhecidos e denominados por Cristóvão Colombo como índios; apesar de serem generalizados com este termo, eles não se viam como unificados,
divididos em uma enorme quantidade de etnias sem nenhuma identificação dentre eles. Resistiram à colonização e exploração dos territórios americanos, foram explorados; mortos por armas de fogo, biológicas e forçados á seguirem crenças que desorganizavam suas aldeias, pensamentos e crenças originárias.


Somente em 1967 com a criação da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) começaram a surgir e ganhar forças associações indígenas, que buscam melhorias em áreas como a saúde, educação, meio ambiente, patrimônio e demarcação de terras. Em 1961, foi criada a primeira reserva indígena brasileira, “O Parque do Xingu”, representando um grande avanço nas conquistas destes povos.


Nos dias atuais, muitas comunidades indígenas sofrem para manter seus costumes, crenças e terras; sofrem com o agronegócio que insiste em invadir terras indígenas da forma mais ilegal possível, acabam que muitos índios são mortos ou expulsos de suas terras, vão para cidades grandes e sofrem em situação de pobreza extrema, preconceito e violação de direitos humanos. Mesmo assim, existem aldeias que vivem isoladas do mundo moderno, mais precisamente como seus ancestrais, mais concentradas na Amazônia; existem também grupos indígenas que vivem em cidades e reivindicam a condição do povo indígena, chamados de etnogênese.


No governo atual, o capitalismo imposto sobre estes povos é ainda maior, com invenções de agronegócios que não são relevantes e não auxiliam os indígenas com seus direitos, propagandas que só mascaram a crueldade, a falta de respeito e roubo de recursos e terras, aldeias dizimadas pela ganancia do homem capitalista; além das terras destruídas e sendo esgotadas de recursos e poluídas. Os nativos empenham um enorme papel, além de ser a raiz do nosso Brasil, são fartos em culturas, línguas, conhecimento e costumes que convivem conosco no nosso dia a dia.


Houve e continuam existindo lutas! Ao contrário do mito do índio pacífico, as resistências à colonização são marcas dos povos indígenas e, consequentemente, do povo brasileiro.

Rafaela Santos Bergmann – 2º ano EM Regular, em 2021.

ENTREVISTA COM AILTON KRENAK X POVO TÍCUNA

Em uma entrevista dada ao programa Roda Viva, Ailton Krenak, importante líder indígena, esclareceu dúvidas e comentou sobre importantes pontos da atualidade e ancestralidade indígena.

Apesar de muitos acreditarem dever se referir aos índios somente como povos indígenas ou povos originários, Krenak ressaltou “nossa constituição tem um capítulo que é destinado aos direitos dos índios, o que é muito significativo”.

Durante toda a entrevista o líder indígena faz inúmeras críticas ao governo, chegando a comparar a Política com um time de futebol, ressaltou “[..] eles têm a monocultura, a ideia de achar que nós não somos uma diversidade […] o cidadão que é eleito para representar o povo brasileiro, tinha que ter a dignidade de não vestir camisa nenhuma estando diante de antes de seu povo nu”.

Como representação desta vasta diversidade brasileira, gostaria de comentar sobre o povo Tícuna, que possui uma cultura muito própria e extremamente rica que nos permite perceber a grandeza e beleza de nossos povos.

Retomando a entrevista, Ailton comentou sobre o fato de ainda, nos dias de hoje, haver muita violência dentro dos territórios indígenas e que seus direitos estão sendo negados.

Os Tícunas, assim como muitos outros povos, tiveram suas histórias marcadas por Contatos violentos com outros povos ameríndios, seringueiros, madeireiros, pescadores da região e comerciantes vindos do Ceará, que utilizaram da mão de obra Ticuna para criar diversos seringais. Apenas em 1990, por seus direitos, conseguiram o reconhecimento oficial de suas terras.

Krenak desaprovou, também, o comunismo, que segundo ele “trás a ilusão de um mundo mágico” onde ninguém da importância ao processo e nós perdemos a prioridade.

O povo Ticuna tem seus costumes baseados na mitologia, onde o homem faz parte das plantas, das árvores, dos animais, da montanha e dos “seres da água”. Apesar de serem próximo da área urbana, possuem sua própria produção agrícola e artesanal regida pelos ciclos das  águas e usufruem da natureza, respeitando-a.

Os povos originários não podem continuar sendo tratados com tamanho desprezo, mas sim, com o devido respeito!

Isabelle Cristina de Moraes, 2º EM Regular, em 2021.

Imagem: Jussara Gruber.

Para assistir a entrevista do Ailton Krenak

Uma resposta »

  1. Rayssa Morales disse:

    👏

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